29 junho, 2006

Vamos mudar?



Cada momento que se passa, penso em mudanças: as que eu quero no sentido de metas da minha vida (exteriores).Mas também as mudanças interiores...
E ontem me peguei numa dúvida...mudar, tendo o risco de perder um pouco da minha personalidade ou deixar como está, mesmo provocando conflitos (ou não)?
Pensar, pensar, pensar...tentar achar alguma palavra, frase que me respondesse isso, rezei, me acalmei, conversei com pessoas queridas,e percebi uma coisa: amadurecer dói muito!
Aliás, como muita coisa que aconteça na nossa vida, temos que sofrer para depois degustar a deliciosa sensação de aprendizado, vitória, paz consigo mesmo e com os outros que convivem conosco.Amadurecer também tem isso de sofrer, chorar, lamentar, gritar, brigar...e só depois perceber que por mais doloroso, serviu para aprender alguma lição, crescer interiormente.
Engraçado que há uns meses atrás quando uma amiga veio reclamar de certa situação, eu disse para esperar passar e tentar ver o lado bom do fato.Tão fácil falar, tão difícil praticar!Eu não sabia disso, na verdade, ainda estou em processo de aprendizagem.
Estou aprendendo a não negar ás minhas características, e sim tentar usá-las do melhor modo possível.Tendo orgulho da minha personalidade, tentando ter humildade para perceber e reparar minhas falhas, de modo que eu não exclua minhas qualidades para uns e defeitos para outros.
Nunca niguém me falou com quantos anos exatamente que nossa cabeça passa por tantas mudanças, acho que isso não existe mesmo.Porque essas transformações necessárias acontecem sempre, com ou sem dor.
Como disse no texto "Dias Paralelos", que estou quieta, no meu canto, talvez seja por causa dessas mudanças.Porém, preciso calar mais ainda, uma das mudanças...existem várias outras!
Em uma conversa com amigas bem próximas e muito queridas, discutimos a importância do espaço de cada uma, acho que no dia que todas amigas, casais, famílias percebermos a necessidade da sua privacidade, de idéias, momentos, opiniões, as coisas irão fluir melhor.
É apenas um palpite, até porque meus 20 anos não me permitem dizer tanto assim sobre relacionamentos, mudanças, etc.
Peço desculpas aos leitores deste blog, pela confusão de palavras do texto, mas como escrevo o que o coração e mente falam...esse é o resultado!
Acho que não é fácil para ninguém passar por mudanças, ainda mais quando são interiores...pelo menos pra mim, acho mais simples as exteriores ao meu EU!
Então, vamos aprender, mudar...porque acredito que vale a pena chegar no "final" e ver que tudo foi válido para nosso próprio crescimento como ser humano.

Beijos Ná Carvalho

27 junho, 2006

Destino,sim!

Depois de todos anos estudando, Eduardo terminou o colegial e como não conseguiu ingressar na faculdade de jornalismo que tanto queria, decidiu fazer cursinho; assim como tantos outros jovens de 16 anos.
Sem ânimo nenhum de ir ao 1º dia de aula, até porque o que ele realmente queria era estar na faculdade, conhecer gente nova, gente mais velha, por se considerar "avançado" para sua idade e assim não achava justo "ainda" estar no cursinho.
Com ânimo total, ao mesmo tempo em que Eduardo ia para o cursinho, Mônica já tomava um conhaque para começar bem o dia, ela talvez pudesse se dar esse luxo, era maior de idade, vacinada, morava em Brasília com mais duas amigas, estava há poucos semestres de se formar em medicina...enfim, adulta!
Numa visão superficial das histórias de Eduardo e Mônica seria impossível imaginar qualquer tipo de relação entre eles; é, realmente isso não existia.Até que...
Conheceram-se e o que parecia impossível aconteceu.O destino teve a ajuda de Guilherme, um dos amigos de Eduardo e que colaborou, sem saber, para que ele e ela se conhecessem numa festa que ele deu para recepcionar os "bixos" do cursinho.Mônica, como boa baladeira, viu o movimento em uma casa de estudantes e resolveu parar, sem saber a faixa etária que iria encontrar.
Andando pela festa, bebendo, tentando se socializar com aquelas pessoas estranhas, Eduardo e Mônica se viram na mesma situação e quando passaram lado a lado pela 2ª vez, ele mexeu com ela, brincando que estava do mesmo jeito(com o detalhe do grau alcoolico de Eduardo que era um pouco maior do que o de Mônica).Ela achou graça naquele menino e começaram a conversar, se conheceram bastante e ela se divertindo com os tipos de papo dele, e assim quis saber um pouco mais dele.
Trocaram telefones, ela ligou para ele (que ficou assustado com tal ato, isso porque acreditava que o homem que deveria ligar) e foi um dilema para escolher qual seria programa e a diferença entre eles era significativa.Mas, o destino deu uma ajuda e concordaram e ir a um parque da cidade.
Mais surpresa para ele: ela chegou de moto (ele de bicicleta!) e tinha cabelo tingido.É, o interesse, estilo de vida eram totalmente diferentes.Só para se ter uma idéia, ela fala calorosamente sobre o impeachmeant que tinha acontecido há menos de um menos de um ano e ele mal sabia o que era aquilo.
As diferenças eram e evidentes, mas mesmo assim o desejo de se ver era tanto que começaram a namorar.Fizeram várias atividades juntos para tentarem se adequar ao máximo um a vida do outro.
Com sua experiência, Mônica ensinou muito para Eduardo, que mudou tanto e até aprendeu a beber!Foi quando formou e ele conseguiu entrar para o curso de jornalismo na faculdade que tanto queria.
Nesses 3 anos, tiveram muitas brigas, demonstrações de amor, paciência, fidelidade.Tudo o que uma relação tem que ter para dar certo e que seria improvável se tratando de um casal com tantas diferenças, eles estavam conseguindo aos poucos.E o modo que se completavam era visível e lindo.
A tão sonhada universidade do Eduardo era em Florianópolis, então sem pensar duas vezes se casaram e pra lá foram.Ele para começar a vida acadêmica e ela para começar a vida profissional.
Passaram por várias fases difíceis financeiramente, principalmente depois do nascimento dos gêmeos que foi quando construíram uma casa para essa nova família que acabava de se formar.A sorte foi que na época do nascimento de Carla Carolina e Luca, Eduardo estava no último ano da faculdade e já estagiava.
Depois de se formar, eles decidiram voltar para Brasília com a intenção que os filhos vivessem nos lugares que tanto marcaram a vida deles.Com ajuda do destino, é claro!
E mostraram que acima de qualquer diferença, quando o amor é para dar certo ela se tornaram mínimas.


Escrevi esse texto para uma avaliação da disciplina de Redação e Expressão Oral no 2º semestre, deveria montar uma narrativa com base na música Eduardo e Mônica - Legião Urbana.Desculpe e extensão das palavras, mas não teve jeito de resumi-lo...
Beijoss Ná Carvalho

20 junho, 2006

Dias paralelos...

Sabe que outro dia eu estava pensando sobre conselhos?!Aquele velho clichê: "se conselho fosse bom, agente não dava.Vendia!
Tudo bem,concordo em partes com essa frase.Mas, se não fosse por ele, este texto não estaria na tentativa de ser escrito.
Em uma conversa, com um amigo no MSN,comentávamos sobre sentir-se fora desse mundo, e.t, de vez em quando.E comentei, que alguns textos que eu escrevia não publicava aqui no blog, porque pra mim eles tinham pé e cabeça, tinham sentido, mas quem fosse ler poderia não entender...e ele respondeu "e dái?".Depois parei pra pensar e concordei com ele, e daí se alguém não entender?!Talvez, pelo destino para as pessoas que têm que entender, isso acontecerá com certeza.As outras, talvez não.
Esses textos em que fico em dúvida de publicar ou não, geralmente são escrito em dias em que me sinto um ser estranho nesse mundo, vejo meus pensamentos totalmente opostos a tudo...e a conseqüência é ficar quieta, pensando, escrevendo.Para quem me conhece, sabe que eu ficar quieta é milagre, então estranha e perggunta se tenho alguma coisa, se estou preocupada, etc...daí que me sinto mais fora do mundo, mesmo!Mas, só quero pensar, calar um pouco...em vez de tanto falar.
Tenho esses tipos de dias, juro que não estou doente, nem triste, só quero mudar um pouco...ás vezes, preciso disso!
Devo confessar que com o passar do tempo e depois dessa conversa, me sinto menos estranha nesses tempos de quietude.E quem sabe, sendo presunçosa, esse texto não sirva para alguém se sentir mais normal também?!e não, "paralelo a vida...".

Obrigada, Carpe Dien!

13 junho, 2006

Mulher culta, inteligente, madura...

Pontos de interrogação, nós cegos, escuro, estranheza, falta de um lugar para tatear e achar algo que reconheça e sinta-se em seu território.Nada disso existe, no mundo dela.Não atualmente, pelo menos; já existiu no passado e ela lembra saudosamente desse fato!
Hoje tudo o que pensa é vazio e escuro, sendo que os pensamentos, fatos, pessoas, lugares se confundem e se misturam, algo difícil para a mulher entender e perceber que não tem noção do que está fazendo e o porquê disso.
Antes dizia odiar a rotina, da boca pra fora!Por mais, que fazer as mesmas coisas todos os dias, a irritasse ela nunca imaginaria o perigo dessa mesmice, nunca tinha parado pra pensar que não só atos que faziam parte da rotina, mas também pensamentos.
Assustou quando viu que certas coisas que tinha feito, pensado, falado foram meramente ações automáticas.Nada de diferente.Não, a mulher não conseguia sair da rotina, por mais que se enganasse que saíra.
E um dia, se surpreende e se revolta ao ver que sofreu por uma coisa á toa, besta, só porque ela não conseguia perceber que SE mudasse seu dia a dia, pararia com esse sofrimento!Coisa tão simples, como que uma mulher inteligente, culta, madura, informada não havia percebido isso?Ah não, devia ser impressão...certeza!
Mas, com o passar dos dias foi vendo que bastavam mudanças, esquecimentos, novidades para que seus medos, alegrias, tristezas, amores fossem transformados.Quando percebeu que poderia virar o jogo da vida, começou extremamente entusiasmada, só depois que viu a importância de não agir (tanto) por impulso, melhor pensar um pouco antes de fazer, falar, escrever, pensar....Impulso nem sempre poderia ajudar!
Com o tempo, quando lembrava de alguma coisa que fazia parte da rotina passada tentava, esforçava-se ao máximo para não repetir a usual frase “Ah, desculpa... força do hábito!”.Transformando totalmente sua rotina, aos poucos.Inconscientemente durante os processos de mudança e consciente quando deparava-se com a necessidade de mudanças, elevar-se da realidade, sair do cotidiano.
A mesmice (de pensamentos e ações, sejam quais forem) enjôa e prejudica qualquer vida, foi que a mulher concluiu, e contou para uma amiga.

02 junho, 2006

Sem tempo para escrever :(

Oi...
Hoje não vou postar um texto meu, porque essa semana a faculdade está exigindo todo meu tempo e dedicação, para vários trabalhos e provas.Meus dedos estão coçando pra escrever, a cabeça com algumas idéias..mas o tempo não existe pra mim essa semana e provavelmente nas duas próximas também!
Então para atualizar, vou postar dois "textos" que roubei do Orkut da minha tia,Morena.Pessoa muito especial e importante na minha vida.
E também um que ,Natty minha amiga querida,http://www.jornalistasemcausa.blogspot.com me indicou de uma autora ótima Elisa Lucinda http://www.escolalucinda.com.br .
Espero que gostem!
Beijoss Ná Carvalho


“Se eu pudesse deixar algum presente à você,deixaria o acesso ao sentimento de amar a vida dos seres humanos.A consciência de aprender o que foi ensinado pelo tempo afora...A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria pra você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: além do pão, o trabalho..além do trabalho, a ação.
E quando tudo o mais faltasse, um segredo: O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontar a saída”.

Mahatma Gandhi

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Ter amizade...
Não é receber, é dar !
Não é magoar,é incentivar!
Não é descrer, é crer !
Não é criticar, é apoiar!
Não é ofender, é comprender!
Não é humilhar, é defender!
Não é julgar, é aceitar!
Não é esquecer, é perdoar!
Amizade...É simplesmente...AMAR ♥

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De Elisa Lucinda
No elevador do filho de Deus

A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
Que eu já tô ficando craque em ressurreição.
Bobeou eu tô morrendo
Na minha extrema pulsão
Na minha extrema-unção
Na minha extrema menção
de acordar viva todo dia
Há dores que sinceramente eu não resolvo
sinceramente sucumbo
Há nós que não dissolvo
e me torno moribundo de doer daquele corte
do haver sangramento e forte
que vem no mesmo malote das coisas queridas
Vem dentro dos amores
dentro das perdas de coisas antes possuídas
dentro das alegrias havidas

Há porradas que não tem saída
há um monte de "não era isso que eu queria"
Outro dia, acabei de morrer
depois de uma crise sobre o existencialismo
3º mundo, ideologia e inflação...
E quando penso que não
me vejo ressurgida no banheiro
feito punheteiro de chuveiro
Sem cor, sem fala
nem informática nem cabala
eu era uma espécie de Lázara
poeta ressucitada
passaporte sem mala
com destino de nada!

A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
ensaiar mil vezes a séria despedida
a morte real do gastamento do corpo
a coisa mal resolvida
daquela morte florida
cheia de pêsames nos ombros dos parentes chorosos
cheio do sorriso culpado dos inimigos invejosos
que já to ficando especialista em renascimento

Hoje, praticamente, eu morro quando quero:
às vezes só porque não foi um bom desfecho
ou porque eu não concordo
Ou uma bela puxada no tapete
ou porque eu mesma me enrolo
Não dá outra: tiro o chinelo...
E dou uma morrida!
Não atendo telefone, campainha...
Fico aí camisolenta em estado de éter
nem zangada, nem histérica, nem puta da vida!
Tô nocauteada, tô morrida!

Morte cotidiana é boa porque além de ser uma pausa
não tem aquela ansiedade para entrar em cena
É uma espécie de venda
uma espécie de encomenda que a gente faz
pra ter depois ter um produto com maior resistência
onde a gente se recolhe (e quem não assume nega)
e fica feito a justiça: cega
Depois acorda bela
corta os cabelos
muda a maquiagem
reinventa modelos
reencontra os amigos que fazem a velha e merecida
pergunta ao teu eu: "Onde cê tava? Tava sumida, morreu?"
E a gente com aquela cara de fantasma moderno,
de expersona falida:
- Não, tava só deprimida.