02 junho, 2006

Sem tempo para escrever :(

Oi...
Hoje não vou postar um texto meu, porque essa semana a faculdade está exigindo todo meu tempo e dedicação, para vários trabalhos e provas.Meus dedos estão coçando pra escrever, a cabeça com algumas idéias..mas o tempo não existe pra mim essa semana e provavelmente nas duas próximas também!
Então para atualizar, vou postar dois "textos" que roubei do Orkut da minha tia,Morena.Pessoa muito especial e importante na minha vida.
E também um que ,Natty minha amiga querida,http://www.jornalistasemcausa.blogspot.com me indicou de uma autora ótima Elisa Lucinda http://www.escolalucinda.com.br .
Espero que gostem!
Beijoss Ná Carvalho


“Se eu pudesse deixar algum presente à você,deixaria o acesso ao sentimento de amar a vida dos seres humanos.A consciência de aprender o que foi ensinado pelo tempo afora...A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria pra você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: além do pão, o trabalho..além do trabalho, a ação.
E quando tudo o mais faltasse, um segredo: O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontar a saída”.

Mahatma Gandhi

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Ter amizade...
Não é receber, é dar !
Não é magoar,é incentivar!
Não é descrer, é crer !
Não é criticar, é apoiar!
Não é ofender, é comprender!
Não é humilhar, é defender!
Não é julgar, é aceitar!
Não é esquecer, é perdoar!
Amizade...É simplesmente...AMAR ♥

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De Elisa Lucinda
No elevador do filho de Deus

A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
Que eu já tô ficando craque em ressurreição.
Bobeou eu tô morrendo
Na minha extrema pulsão
Na minha extrema-unção
Na minha extrema menção
de acordar viva todo dia
Há dores que sinceramente eu não resolvo
sinceramente sucumbo
Há nós que não dissolvo
e me torno moribundo de doer daquele corte
do haver sangramento e forte
que vem no mesmo malote das coisas queridas
Vem dentro dos amores
dentro das perdas de coisas antes possuídas
dentro das alegrias havidas

Há porradas que não tem saída
há um monte de "não era isso que eu queria"
Outro dia, acabei de morrer
depois de uma crise sobre o existencialismo
3º mundo, ideologia e inflação...
E quando penso que não
me vejo ressurgida no banheiro
feito punheteiro de chuveiro
Sem cor, sem fala
nem informática nem cabala
eu era uma espécie de Lázara
poeta ressucitada
passaporte sem mala
com destino de nada!

A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
ensaiar mil vezes a séria despedida
a morte real do gastamento do corpo
a coisa mal resolvida
daquela morte florida
cheia de pêsames nos ombros dos parentes chorosos
cheio do sorriso culpado dos inimigos invejosos
que já to ficando especialista em renascimento

Hoje, praticamente, eu morro quando quero:
às vezes só porque não foi um bom desfecho
ou porque eu não concordo
Ou uma bela puxada no tapete
ou porque eu mesma me enrolo
Não dá outra: tiro o chinelo...
E dou uma morrida!
Não atendo telefone, campainha...
Fico aí camisolenta em estado de éter
nem zangada, nem histérica, nem puta da vida!
Tô nocauteada, tô morrida!

Morte cotidiana é boa porque além de ser uma pausa
não tem aquela ansiedade para entrar em cena
É uma espécie de venda
uma espécie de encomenda que a gente faz
pra ter depois ter um produto com maior resistência
onde a gente se recolhe (e quem não assume nega)
e fica feito a justiça: cega
Depois acorda bela
corta os cabelos
muda a maquiagem
reinventa modelos
reencontra os amigos que fazem a velha e merecida
pergunta ao teu eu: "Onde cê tava? Tava sumida, morreu?"
E a gente com aquela cara de fantasma moderno,
de expersona falida:
- Não, tava só deprimida.

Um comentário:

Anônimo disse...

Minha querida Nathália, jamais deixe de escrever, ainda mais se estiver com os dedos coçando e algumas idéias na cabeça. Eu sei que a faculdade toma muito tempo, mas você vai morrer de saudades dela quando o seu editor estiver te cobrando duas matérias no no início da noite, sem que você nem ao menos tenha podido falar ainda com a sua fonte. Acredite: escrever, a qualquer tempo, vale mais que uma análise.
Abraços,
Marcelo